quarta-feira, 21 de março de 2007

Transporte nos Animais

As células animais estão rodeadas por líquido intersticial com o qual efectuam trocas de materiais.
Elas retiram do líquido intersticial os nutrientes e oxigénio, libertando para ele produto resultantes do seu metabolismo, como o dióxido de carbono e os produtos azotados.
Nos grupos mais evoluídos da escala animal, o elevado grau de diferenciação tecidular e orgânica faz com que as distancias entre as superfícies de absorção dos nutrientes e as diferentes células sejam muito grandes, o que impossibilita a sua difusão simples. Nestes animais existem sistemas circulatórios mais ou menos complexos que permitem um intercâmbio d materiais entre a células e o meio esterno do organismo.
Um Sistema Circulatório compreende sempre:
  • Um fluido circulante que garante o transporte do nutrientes, a circulação de substancias reguladoras, as trocas gasosas e o transporte dos resíduos azotados a ser eliminados.
  • Um órgão destinado a impulsionar o líquido circulante - o coração.
  • Uma rede mais ou menos complexa de canais de comunicação, entre os diferentes órgãos e tecidos do organismo, que permite o contacto do liquido circulante com o liquido intersticial de todas as células.
João Mendes e Patrícia Ribeiro

Circulação aberta num insecto traqueado


Este sistema circulatório é aberto, isto é, não existe diferença entre o sangue fluido e o fluido intersticial, pois o primeiro abandona os vasos e acumula-se em lacunas no corpo. Por esse motivo alguns biólogos designam este líquido circulante como hemolinfa.
Este sistema é composto por um vaso dorsal com câmaras contrácteis – coração tubular – na zona abdominal, que impulsionam o sangue para a aorta dorsal. O sangue passa então para uma série de cavidades designadas lacunas ou seios, cujo conjunto cheio de sangue se designa hemolécio. Neste tipo de sistema circulatório não existem capilares.
Quanto ao coração tubular este apresenta válvulas e orifícios laterais designados ostíolos, por onde entra o sangue, vindo do hemocélio, quando o coração está relaxado.
O movimento do sangue é também facilitado pelas contracções musculares do corpo e apêndices. A presença de válvulas determina o sentido de circulação. Nos artrópodes traqueados a hemolinfa não transporta gases, pois estes são entregues directamente às células, nos artrópodes branquiados a hemolinfa proveniente do hemocélio passa pelas brânquias onde é oxigenado.

Vanda Garcia e Carlos Leiras

Sistema Fechado na Minhoca




Nestes animais já existe um sistema circulatório fechado, muito mais eficiente pois todo o percurso do sangue é feito dentro do sistema de vasos.
Existem dois vasos longitudinais principais, um dorsal (onde o sanhue circula de trás para a fente) e outro venttral (onde o sangue circula da frente para trás), ligados por vasos laterais de menor calibrecom disposição circular em volta do tubo digestivo, que se ramificam em redes de capilares ao nível de todos os órgãos e sob a pele, onde ocorrem as trocas com o fluído intersticial ou ar.
O vaso dorsal funciona como coração, impulsionando o sangue com as suas contracções. Na sua parte anterior existem cinco a sete pares de corações laterais ou arcos aórticos (que não são mais que vasos laterais com um revstimento muscular), que impulsionam o sangue para o vaso ventral.
Ana Silva e João Sá

Tipos de Circulação

1- Circulação simples:
O sangue efectua um único trajecto, passando uma vez pelo coração sob a forma de sangue venoso.
Aspectos estruturais e funcionais:

- Coração com duas cavidades: uma aurícula e um ventrículo.

- A aurícula recebe o sangue venoso proveniente de todo o organismo e envia-o para o ventrículo.

- O ventrículo impulsiona o sangue para as brânquias, onde ocorrem as trocas gasosas.

- Das brânquias o sangue segue para os tecidos e órgãos, com baixa velocidade e pressão.

Influência no metabolismo:

- A chegada de nutrientes e oxigénio às células e a remoção de resíduos é pouco eficiente, uma vez que o sangue flui com baixa velocidade e pressão para as células dos tecidos e órgãos.
2- Circulação Dupla Incompleta:
O sangue percorre dois trajectos distintos (ocorre mistura parcial de sangue venoso com sangue arterial devido há existência de um só ventrículo).
Aspectos estruturais e funcionais

- Coração com três cavidades: duas aurículas e um ventrículo.

- A aurícula direita recebe o sangue venoso e a esquerda o sangue arterial.

- O ventrículo recebe sangue venoso e sangue arterial.

- A circulação pulmonar e a circulação sistemática não são independentes, ocorrendo mistura parcial de sangue venoso e arterial no ventrículo.

Influencias no metabolismo

- O sangue, bombeado directamente do coração para os capilares dos diferentes órgãos, chega com maior velocidade e pressão aos tecidos, o que aumenta a eficácia das trocas de materiais com o líquido intersticial.
Possui a desvantagem de ocorrer uma mistura parcial dos dois tipos de sangue no ventrículo, o que afecta a concentração de oxigénio no sangue arterial.

- Grande circulação ou circulação sistemática – o sangue sai do ventrículo para a artéria aorta em direcção aos tecidos. Regressa, posteriormente, à aurícula direita pelas veias cavas.
3- Circulação Dupla Completa:
Não há mistura de sangue venoso com arterial e o sangue percorre dois caminhos destintos.
Aspectos estruturais e funcionais

- Coração com quatro cavidades : duas aurículas e dois ventrículos.

- No lado direito do coração circula apenas sangue venoso e no lado esquerdo apenas sangue arterial.

- A circulação pulmonar e a circulação sistemática são independentes, não ocorrendo misturas de sangue no coração.

Infulencia no metabolismo

-Esta circulação garante um maior aporte de oxigénio às células do organismo, o que permite uma maior produção de energia de energia.
Este aumento reflecte-se numa maior capacidade de produção de calor corporal, que é distribuído de modo uniforme por todo o organismo, mantendo constante a sua temperatura corporal – animais homoetermicos. Esta aquisição contribui para uma melhor adaptação destes animais a uma grande variedade de ambientes.


Vanda Garcia e Patrícia Ribeiro

terça-feira, 20 de março de 2007

Dissecação do coração de um porco



Neste video podemos visualizar o coração de um porco após a sua dissecação.

João Mendes e João Sá

Grande e Pequena Circulação (Definição)

  • A grande circulação é o movimento do sangue que
    sai pela aorta e retorna pelas veias cavas inferior e
    superior de volta ao átrio esquerdo.

  • A pequena circulação ou circulação pulmonar é o movimento do sangue que sai do ventrículo direito através da artéria pulmonar, passando pelos capilares pulmonares (local onde o sangue entra em contacto com o leito alveolar e é oxigenado). Depois de oxigenado o sangue retorna para o átrio esquerdo através das veias pulmonares, seguindo para o ventrículo esquerdo e a grande circulação.


Ana Silva e Carlos Leiras

Visão esquemática do coração





O coração dos mamíferos têm quatro cavidades, duas aurículas e dois ventríulos, onde não há possibilidade de ocorrer mistura de sangue. Por isso, nestes animais, a circulação é dupla e apresenta uma circulação completa.
As artérias tem uma parede espessa e elástica. As veias têm parede flácida e menos espessa que a das artérias. A parede dos vasos capilares é muito fina e contituida por uma só camada de células. O miocárdio é mais fino ao nível das auriculas do que a nível dos ventrículos e neste é mais fino no ventrículo esquerdo do que no direito. A comunicação de cada uma das aurículas com o ventrículo do mesmo lado é regulada pela a válvula tricúspide e a válvula bicúspide. Estas impedem que durante a sístole ventricular o sangue passe para as aurículas. No inicio da artéria pulmonar e no inicio da artéria aorta existem as válvulas semilunares que impedem o retrocesso do sangue para o coração.







1. Início da diástole, abertura das válvulas tricúspide e mitral e enchimento ventricular

2. Fechamento das válvulas de entrada, final da diástole

3. Contracção ventricular, abertura das válvulas pulmonar e aórtica - sístole ventricular

4. Final da sístole ventricular, fechamento das válvulas pulmonar e aórtica

5. Reinício da diástole atrial e ventricular





Patrícia Ribeiro e Ana Silva